Abstract:
Objetivou-se nesse trabalho compreender os significados relatados por jovens universitários sobre a morte. Foram realizadas 4 entrevistas com jovens entre 18 a 25 anos questionando sobre o que é a morte para eles e quais associações eles fazem a partir da idéia de morte. A análise de conteúdo temática das entrevistas foi empreendida e o referencial teórico psicanalítico embasou a discussão do material. Quatro eixos temáticos dessa análise são aqui apresentados: a diferença no pensar a morte de pessoas doentes; a morte de pessoas idosas; a morte de pessoas próximas e a aceitação da morte diante da religião. Os participantes descreveram o pensar a morte de alguém jovem e sadio como mais assustador do que a morte das pessoas idosas e doentes, sendo essa última melhor entendida frente à naturalidade do ciclo vital. Pensar a morte de pessoas próximas é descrito por esses jovens como uma experiência angustiante, desestruturadora e indescritível. A religião é citada como um meio que possibilita uma melhor aceitação da morte. As características psicológicas dessa faixa etária proporcionaram uma contextualização das descrições a partir de uma leitura psicanalítica.