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A hospitalização pode causar prejuízos à condição emocional da criança, pelo fato da
mesma estar exposta a um ambiente novo para qual ela não está preparada,
dificultando ou até bloqueando o seu processo de desenvolvimento e maturação
psíquica. O brincar apresenta-se como um recurso para a criança se expressar,
simbolizar e elaborar as vivências apresentadas neste contexto. Assim, o objetivo deste
trabalho é analisar qualitativamente o significado e os efeitos do brincar para uma
criança hospitalizada, como um recurso de enfrentamento a tais condições. Para
participação, foi selecionada, uma criança de 5 anos, internada na Enfermaria de
Pediatria, de um Hospital do interior de São Paulo, com diagnóstico de Neoplasia. Foi
realizada uma entrevista semi-estruturada com os pais, e posteriormente uma
entrevista com a criança. A criança foi acompanhada pelas pesquisadoras, em 5
encontros de intervenções lúdicas, analisados segundo a técnica de análise do
conteúdo temática. Através dos dados, foi possível observar: uma significativa
aproximação da criança com as pesquisadoras e com a equipe médica; diminuição da
ansiedade e melhor adesão aos procedimentos hospitalares, e; resgate de sua
identidade como criança. Evidencia-se, assim, o quanto o brincar pode ser utilizado
como um auxílio na manutenção do processo de desenvolvimento da personalidade,
promovendo estados afetivos menos traumáticos e conservando sua sociabilidade.
Assim, o brincar contribuiu para o enfrentamento da doença e da hospitalização. |
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