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A vinculação humana com bichos de estimação acrescentou um novo tipo de relação com complexidade e características próprias, sendo que povos de diferentes culturas mantêm vínculos afetivos com essas espécies, sugerindo a importância de animais para as relações humanas. Além disso, diversos estudos também evidenciam o potencial da participação de animais em situações clinicas. O presente trabalho teve como objetivo avaliar as mudanças de comportamentos em crianças após contato sistemático com um cachorro. Foram realizados oito encontros em uma creche na cidade de Bebedouro com 8 crianças de 5 a 6 anos. Para isso, utilizou-se uma cachorra da raça Bernese, com 11 meses, treinada há sete meses semanalmente, sendo utilizado o método de reforçamento a atividades adequadas, além de objetos que facilitassem o contato com a cachorra como escova e laços. As sessões aconteceram em uma sala da creche e foi gravada em vídeo. Posteriormente, foi analisada a freqüência dos comportamentos de contato visual, aproximação, auxiliar, agressividade e interesse pelo cão. Observou-se que houve uma diminuição dos comportamentos de contato visual, aproximação e agressivos, havendo no decorrer das sessões um aumento gradativo dos comportamentos de auxílio, afiliativos e interesse pelo cão, como divisão da atenção da cachorra com o colega, convidando-o, por exemplo, para brincadeiras em conjunto, demonstração de afeto, caricias, bem como, interesse pelo cão em forma de questionamentos com relação a características física, origem e cuidados. Conclui-se que a presença do animal proporcionou as crianças uma tendência a socialização e que este método pode ser utilizado como recurso psicoterapêutico auxiliar. |
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