Abstract:
A violência tornou um tema recorrente na mídia e na literatura científica. Em termos de sistema penitenciário, o Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, possui a terceira maior população carcerária do planeta. Os presídios brasileiros são subumanos. A literatura revisada aponta que a família do preso, também, estigmatizada, pode levá-lo ou mantê-lo na criminalidade, mas pode ser agente de ressocialização. O objetivo do presente estudo foi identificar a concepção de familiares (pais, companheiras e irmãos) sobre o familiar preso no sistema prisional do estado de São Paulo, bem como saber dados sociodemográficos e legais do preso. Participaram do estudo 6 familiares de preso, sendo: pai, mãe, duas companheiras e dois irmãos. Esses familiares responderam a uma entrevista, na sala do Setor Técnico de Psicologia, do Fórum de Catanduva / SP. Foi um estudo descritivo, por meio de um delineamento de levantamento. Os dados coletados foram categorizados e, parte deles exibidos em tabelas. De acordo com os participantes, os dados sociodemográficos e de criminalidade de seus familiares presos vão ao encontro do esperado para a média da população carcerário brasileira, ou seja, a maioria da referida população é composta por homens jovens, com pouca escolaridade, presos por roubo ou tráfico de entorpecentes. Os participantes – familiares de preso, revelaram ser presentes na vida da pessoa presa, com visitas e ajuda material, tipo de ressocialização que podem fazer. Portanto, é preciso mais estudos. O Estado deve garantir os direitos do preso e de sua família, oferecendo sistema penitenciário mais digno e que promova a ressocialização da pessoa presa.