Abstract:
Este estudo objetivou verificar por meio de relato dos alunos, a efetividade da inclusão de uma criança com esquizencefalia nas aulas de educação física escolar, em que as ferramentas pedagógicas utilizadas foram os jogos e as brincadeiras. Participaram 15 alunos sem deficiências físicas ou cognitivas e um aluno com esquizencefalia, todos com 7 anos de idade. Utilizou-se dois questionários, com 4 questões abertas. Antes da intervenção a participação do aluno com esquizencefalia se dava de forma passiva, como torcedor. Além disso, ele relata que o pior é ficar parado e que gostaria de poder jogar bola. Quanto aos colegas, estes aceitam a participação do amigo, no entanto não há respeito em relação ao espaço e às limitações do colega com deficiência. Após a intervenção de 9 semanas com jogos e brincadeiras que favoreciam a inclusão, o aluno com esquizencefalia assume atitude mais participativa, entretanto ainda permanece medo de ser pisado durante as atividades. Os colegas começam a identificar quão hábil se faz necessário ser para lidar com o andador e ainda executar as demandas da aula e que é possível aprender com o amigo, o que não foi citado anteriormente. Assim, pequenas mudanças de comportamento foram identificadas sugerindo início do processo de inclusivo.