Abstract:
A violência doméstica refere-se às agressões conjugais, sendo que, nessa modalidade de violência a vítima, geralmente é a mulher e o agressor seu parceiro íntimo. Apesar de terem criado leis que punem os homens agressores de mulheres, a violência doméstica continua acontecendo, o que sugere a necessidade de trabalhar diretamente com os homens. O objetivo do trabalho foi analisar os aspectos da subjetividade do perpetrador da violência contra a mulher. O método de pesquisa utilizado foi bibliográfico, por meio do estudo da arte e pesquisa documental. Os resultados obtidos revelaram que mesmo com a criação de leis para a proteção da mulher, a exemplo da Lei Maria da Penha e de outros mecanismos de proteção, como as Delegacias de Defesa da Mulher, o Brasil está entre os países que mais pratica agressão contra a mulher, produzindo, inclusive, vítimas fatais. Os dados apontaram, também, que os homens têm uma cultura machista e patriarcal, assim, não suportam o empoderamento feminino e agridem as mulheres. Sobre à subjetividade dos homens que agridem mulheres verificou-se que mais da metade desses homens sofreu violência durante a infância e fazem uso de mecanismos de defesa como a Introjeção e o Controle do Objeto em suas relações. O ponto positivo ressaltado é que a mudança de ações pode ocorrer, e também é eficaz. Apesar disso, não foi possível encontrar material que analisasse as consequências dessas mudanças para a vida dos homens. É preciso mais estudos, inclusive, para o desenvolvimento de programas de intervenção com o homem agressor.