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O crescente número de mulheres com gestação tardia está relacionado com a
mudança do papel da mulher na sociedade, dentre os fatores associados estão:
constante saída da mulher a busca do mercado de trabalho e os diferentes papéis
assumidos no cotidiano como: ser mãe, esposa, dona de casa e profissional. A
experiência de engravidar tardiamente pode significar para as mulheres um momento
cheio de entendimentos, sentimentos de satisfação, realização pessoal e familiar. O
objetivo deste estudo foi descrever as percepções de gestantes diante da situação de
gestação tardia, assim como compreender a decisão pelo adiamento da gravidez.
Trata-se de um estudo quali-quantativo, exploratório-descritivo realizado nas
Estratégias de Saúde da Família (ESF) do município de Planura - MG, que contou
com a participação de 16 mulheres utilizando um roteiro estruturado com sete
questões, onde as respostas foram transcritas e submetidas à técnica de análise de
discurso. A maioria das participantes apresentou faixa etária de 35 a 39 anos, em sua
maioria casadas (81.25 %) sentiu-se bem e feliz durante a gravidez (81.25%), não
houve intercorrências (81.25 %), participaram de todas as consultas de pré-natal (100
%), em (37.5 %) das entrevistadas a gravidez não foi planejada e (75 %) houve a
necessidade de adequação das atividades de rotina com o nascimento do filho. Como conclusão da pesquisa faz-se necessário a implantação de ações de planejamento
familiar nas ESFs do município, bem como grupos específicos de acolhimento a
mulheres que tiveram gravidez tardia envolvendo orientações com equipe
multiprofissional como Enfermeiros, Psicólogos e Assistentes Sociais. |
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