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A análise fundamentalista apresenta uma gama de técnicas que visa aprimorar a tomada de decisão para elaboração de uma carteira de ações. Dentre as técnicas, pode-se citar o Valor Intrínseco (VI) de Benjamin Graham, que tem por finalidade apresentar o preço justo das ações - considerando o seu histórico e potencial de geração de valor no longo prazo - e compará-lo com a cotação (preço de mercado). O objetivo do trabalho foi verificar a capacidade preditiva do Valor Intrínseco. Para tal, foi calculado o VI de 43 ações listadas na B3 no período de 2014-2016. Das 43 ações, foram selecionadas na análise apenas os papéis que indicavam opção de compra (VI superior ao preço de mercado). As demonstrações contábeis necessárias para o cálculo do VI foram obtidas no site da Comissão de Valores Mobiliários. Já a cotação das ações foi realizada pela função “histórico de ações” do Excel (considerando a data limite de 30/06/2021). O estudo utilizou dados passados justamente no intuito de verificar a capacidade preditiva desse indicador fundamentalista. Dessa forma, foi possível observar o comportamento do papel após a possível aquisição até 30/06/2021. Da amostra inicial, 27 ações demonstraram opção de compra, e destas, 18 atingiram o VI em uma média de 974 dias, com um retorno médio de 166%. Vale citar que na operação de maior retorno, a ação comprada atingiu o VI em 1.014 dias, proporcionando um retorno de 662%. Dentre as nove ações que não atingiram o VI até a data limite analisada, três papéis tiveram a cotação bem próxima ao VI (menos de 5% de diferença entre cotação e preço justo). Conclui-se que o indicador de Benjamin Graham foi preditivo na maioria dos resultados obtidos, já que das ações que indicaram opções de compra, aproximadamente 67% delas atingiram o VI até 30/06/2021. |
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