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As relações conflituosas vivenciadas entre negros e brancos na sociedade brasileira resultam de uma longa história de submissão e inferioridade relacionada à etnia afro-brasileira, situação que acabou por formar uma visão negativa sobre esta cultura e a permanência da discriminação contra os afro-descendentes por conta de aspectos físicos, biológicos e/ou culturais. Essas tensas relações têm se manifestado no ambiente escolar de um modo velado, por meio de tratamentos diferenciados em momentos de cuidados e afeto, nos quais as crianças negras têm recebido menos atenção e elogios relacionados à beleza e comportamentos ou mesmo no relacionamento entre as próprias crianças. Diante deste quadro, as crianças consideram a cor como sendo determinante nas escolhas de seus colegas nos momentos de brincadeiras, quando a maioria prefere brincar ou relacionar-se com crianças brancas. De acordo com Cavalleiro (2010) nas situações de conflitos a cor da pele tem sido usada como argumento de ofensa, sendo que os alunos brancos têm criado a concepção de superioridade em relação à cor negra,julgando-a como sendo negativa e inferior. Neste contexto, foi analisada a importância da Lei n°10.639/2003 para a o âmbito educacional, pois defini a obrigatoriedade do ensino da história e da cultura africana e afro-brasileira no currículo escolar brasileiro (BRASIL, 2004). |
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